Arraiais do Mundo
Os Arraiais do Mundo 2011 baseiam-se no conceito de Património Cultural Imaterial concebido em 2003 pela UNESCO, o qual agrupa todas as práticas que um povo identifica com sendo suas: música, dança, contos tradicionais, saberes medicinais, gastronomia... Os registos são complexos, sobretudo porque são essencialmente feitos a partir de pessoas e não de objectos: pessoas que acedem a partilhar o seu conhecimento de práticas que vão caindo em desuso. Uma vez que falamos de práticas colectivas, contudo, a melhor maneira de as preservar tem que ser em comunidade, com muitos praticantes. E é isso que os Arraiais do Mundo pretendem: resgatar músicas e danças tradicionais com passado e com futuro.
Filmes
Começaremos com a exibição de um filme de Tiago Pereira, “Sinfonia Imaterial”, uma iniciativa da Fundação INATEL que retrata práticas musicais tradicionais em Portugal continental e insular dos dias de hoje. Recuaremos depois até aos anos 70 do século passado, com gravações realizadas por Michel Giacometti para a RTP, extractos da série “O Povo que Canta”. Quase meio século separa os dois projectos, mas a conclusão é óbvia: a música tradicional em Portugal está viva.
E é essa música viva que trazemos até vós!
Música e Dança
Nesta edição apresentamos dois projectos musicais que trabalham repertórios coreográficos de raiz tradicional.
Sábado, 3 de Setembro, será dia de Extravanca. Trata-se de um projecto franco-português que trabalha o repertório coreográfico algarvio: novas composições (entre jazz e música do mundo) inspiradas na tradição local e servindo de suporte a dança numa linguagem contemporânea.
Domingo, 4 de Setembro, teremos Dancing Strings, um projecto português que aborda a música tradicional com todo o requinte da música clássica.
São dois projectos que prolongam a vida da tradição em diferentes sentidos; em ambos casos, os bailes serão precedidos por oficinas onde qualquer um poderá aprender como outrora, vendo e fazendo.
Sinfonia Imaterial de Tiago Pereira - Fundação INATEL
Sinfonia Imaterial não pretende ser uma recolha exaustiva das práticas musicais e orais, mas antes um olhar diferente sobre a tradição e a etnografia. Os planos fixos da realização de Tiago Pereira tentam criar uma relação de proximidade entre o espectador e o artista, procurando gerar surpresa através de uma montagem que emparelha fragmentos de actuações de músicos oriundos de vários regiões portuguesas. O objectivo é, segundo o realizador, “gerar uma experiência cinematográfica completamente distinta de um documentário etnográfico”.
Sinfonia Imaterial não pretende ser uma recolha exaustiva das práticas musicais e orais, mas antes um olhar diferente sobre a tradição e a etnografia. Os planos fixos da realização de Tiago Pereira tentam criar uma relação de proximidade entre o espectador e o artista, procurando gerar surpresa através de uma montagem que emparelha fragmentos de actuações de músicos oriundos de vários regiões portuguesas. O objectivo é, segundo o realizador, “gerar uma experiência cinematográfica completamente distinta de um documentário etnográfico”.
"O Povo que canta" de Michel Giacometti
Os trabalhos de recolha de Michel Giacometti desenvolvidos em território nacional a partir da década de 60 permitiram o registo e a preservação do imaginário rural português, tantas vezes mais duro e árduo do que romântico. Beleza é o primeiro sentimento que podemos vivenciar mais profunda essência e tradição. As imagens e sons capturados pelo etnomusicólogo francês são no mínimo arrepiantes, permitindo-nos conhecer a força, o carácter, a fibra, o espírito e vivências mais genuínas do povo português.
Vários episódios entre 10 e 30 min.
Programa da RTP 1970-72
Edição DVD 2011 Coordenação: Paulo Lima Edição:Tradisom/RTP/Jornal “Público”
» Tradisom
Os trabalhos de recolha de Michel Giacometti desenvolvidos em território nacional a partir da década de 60 permitiram o registo e a preservação do imaginário rural português, tantas vezes mais duro e árduo do que romântico. Beleza é o primeiro sentimento que podemos vivenciar mais profunda essência e tradição. As imagens e sons capturados pelo etnomusicólogo francês são no mínimo arrepiantes, permitindo-nos conhecer a força, o carácter, a fibra, o espírito e vivências mais genuínas do povo português.
Vários episódios entre 10 e 30 min.
Programa da RTP 1970-72
Edição DVD 2011 Coordenação: Paulo Lima Edição:Tradisom/RTP/Jornal “Público”
» Tradisom
EXTRAVANCA:
Dites 34, João Frade, António Tavares, Inês Melo Campos
Extravanca! apresenta acordeões com uma enorme maleabilidade, fazendo-os dançar ao som do corridinho, da estravanca, do baile mandado, das danças de roda, tudo com um cheirinho de jazz. Artistas portugueses e franceses levarão à descoberta de um imaginário algarvio enraizado, mas simultaneamente aberto a um mundo contemporâneo. Entre Tradição e modernidade…
Trabalhando o património musical e coreográfico de uma terra entre o mar e as montanhas, rica em influências cosmopolitas (lusas, gregas, romanas, árabes), o grupo francês Dites 34, o acordeonista português João Frade, o coreografo António Tavares e a bailarina Inês Campos Melo apresentam EXTRAVANCA!, uma leitura contemporânea das danças tradicionais do Algarve.
» Extravanca
» Dites 34 || Anthony Jambon: guitarra; Guy Giuliano: acordeão; Romain Cuoq: saxofone soprano; Ken Passouramin: percussões;
» João Frade: acordeão
Bailarinos: António Tavares e Inês Melo Campos
Dites 34, João Frade, António Tavares, Inês Melo Campos
Extravanca! apresenta acordeões com uma enorme maleabilidade, fazendo-os dançar ao som do corridinho, da estravanca, do baile mandado, das danças de roda, tudo com um cheirinho de jazz. Artistas portugueses e franceses levarão à descoberta de um imaginário algarvio enraizado, mas simultaneamente aberto a um mundo contemporâneo. Entre Tradição e modernidade…
Trabalhando o património musical e coreográfico de uma terra entre o mar e as montanhas, rica em influências cosmopolitas (lusas, gregas, romanas, árabes), o grupo francês Dites 34, o acordeonista português João Frade, o coreografo António Tavares e a bailarina Inês Campos Melo apresentam EXTRAVANCA!, uma leitura contemporânea das danças tradicionais do Algarve.
» Extravanca» Dites 34 || Anthony Jambon: guitarra; Guy Giuliano: acordeão; Romain Cuoq: saxofone soprano; Ken Passouramin: percussões;» João Frade: acordeãoBailarinos: António Tavares e Inês Melo Campos
Dancing Strings
Dancing Strings permite questionar as diferenças que foram institucionalizadas entre cultura popular e arte no Século XX, juntando o requinte da música clássica com a alegria da música tradicional para baile.
Os Dancing Strings embalam ao som vibrante e dinâmico dos instrumentos acústicos, envolvendo-nos numa dança de timbres e ritmos com as suas melodias originais de mazurkas intimistas, valsas assimétricas, bourrées estonteantes, círculos swingados, polskas poderosas e muitas outras danças de origem europeia.
Denys Stetsenko: violino (Orquestra Barroca Divino Sospiro, Monte Lunai, Tangomanso Inestable, Quarteto Arabesco, Pedro Jóia & Orquestra de Câmara Meridional)
Luis Peixoto: bouzouki, bandolim, cavaquinho (Anxo Lorenzo Band, Assembly Point, Sebastião Antunes Trio. Fez parte de Dazkarieh, Stockholm Lisboa Project).
Hugo Fernandes: violoncelo, (actualmente trabalha com a orquestra Metropolitana em Lisboa).
Baltazar Molina: cajon e percussões (Tiago Sousa, Zigaia, Projecto Arcaico, Projecto B and Solo. Fez parte de Orquestrinha do Terror, Dazkarieh, Luisa Amaro)
Marina Vasques: monitora de dança
» Dancing Strings
Dancing Strings permite questionar as diferenças que foram institucionalizadas entre cultura popular e arte no Século XX, juntando o requinte da música clássica com a alegria da música tradicional para baile.
Os Dancing Strings embalam ao som vibrante e dinâmico dos instrumentos acústicos, envolvendo-nos numa dança de timbres e ritmos com as suas melodias originais de mazurkas intimistas, valsas assimétricas, bourrées estonteantes, círculos swingados, polskas poderosas e muitas outras danças de origem europeia.
Denys Stetsenko: violino (Orquestra Barroca Divino Sospiro, Monte Lunai, Tangomanso Inestable, Quarteto Arabesco, Pedro Jóia & Orquestra de Câmara Meridional)
Luis Peixoto: bouzouki, bandolim, cavaquinho (Anxo Lorenzo Band, Assembly Point, Sebastião Antunes Trio. Fez parte de Dazkarieh, Stockholm Lisboa Project).
Hugo Fernandes: violoncelo, (actualmente trabalha com a orquestra Metropolitana em Lisboa).
Baltazar Molina: cajon e percussões (Tiago Sousa, Zigaia, Projecto Arcaico, Projecto B and Solo. Fez parte de Orquestrinha do Terror, Dazkarieh, Luisa Amaro)
Marina Vasques: monitora de dança
» Dancing Strings
»
»
